"Estavamos bem apáticos, comunicação não estava 100%" comenta jzz sobre confronto contra KRÜ
No último sábado (15), teve início o VCT 2023 - Americas League - Last Chance Qualifier , o campeonato de VALORANT que representa a última oportunidade para as equipes da Liga das Américas assegurarem uma vaga no VALORANT Champions 2023. O confronto que deu estreia na competição aconteceu entre mibr e KRÜ Esports, no qual a equipe argentina estreou com uma vitória por 2x0. Por outro lado, os brasileiros foram eliminados no primeiro dia de competição. Em entrevista exclusiva pós jogo com João "jzz" Pedro, jogador da organização brasileira, compartilhou seus sentimentos em relação ao resultado e a trajetória do MIBR na temporada.
A busca pela vitória no competitivo muitas vezes carrega consigo um turbilhão de emoções intensas. Quando um time investe tempo e esforço em treinamentos árduos, deixando para trás momentos de descanso para se preparar para uma partida crucial. Porém, nem sempre o desfecho é como esperado. Na luta pela vaga no VALORANT Champions, o MIBR não obteve sucesso, jzz expressou o sentimento que tomou conta após o resultado se tornar evidente.
“O time ficou muito triste, acho que todo mundo, porque sabíamos do nosso potencial. A gente treinou bastante para essa partida, tivemos pouco tempo de folga e era matar ou morrer. Viemos com bastante expectativa, mas acho que foi mais uma tristeza. A gente sabia que tínhamos muito nível para ganhar, e infelizmente não conseguimos performar muito bem e sair com a vitória."
Durante a disputa no Last Chance Qualifier, a KRÜ mostrou dominância ao garantir a vitória na série e avançar na chave, apesar de ter enfrentado nove derrotas anteriores. Quando questionado sobre os fatores que contribuíram para essa reviravolta, um dos atletas enfatizou a capacidade do time de impor um ritmo intenso e continuar crescendo.
"A KRU é um time que, quando coloca um ritmo no jogo, eles continuam crescendo ainda mais. Todas as partidas do VCT Américas que eles jogaram foram muito equilibradas. Querendo ou não, é um time muito forte, com muita experiência, quando eles impõem um ritmo intenso, ficam extremamente confiantes e não dão trégua. Portanto, é realmente difícil reverter a situação. No entanto, acredito que começamos a reagir, mas já era tarde demais. Eles já estavam com match point nas duas vezes, então faltou aquela virada de chave para reverter um pouco mais cedo.”
Nos momentos de caos e desordem em um jogo, é crucial encontrar um pouco de calma e estabelecer uma conversa construtiva. É nesses momentos que podemos resolver problemas que estão surgindo e reavaliar nossa postura diante do jogo destaca o jogador do MIBR.
"Um pouco de calma, de conversa dentro do jogo em momentos mais caóticos e resolver alguns problemas que a gente estava tendo. Conversar mais sobre o que estava acontecendo com o jogo. Acho que a gente estava bem apático em relação a isso, comunicação não estava 100%. Então, acho que esse foi o ponto principal."
A estreia no LCQ foi uma montanha russa de emoções. Quando perguntado sobre os aspectos coletivos que faltaram para garantir a vitória, jzz comentou:
"Treinamos muito para chegar até essa partida e acredito que temos uma grande capacidade. No entanto, ficamos um pouco apáticos. Não tenho certeza do que exatamente aconteceu, mas acredito que a calma e a comunicação sejam essenciais para o nosso time. Em certos momentos, a comunicação é o nosso ponto forte e, se não conseguirmos mantê-la, torna-se mais difícil jogar em conjunto, o que acaba afetando também o desempenho individualmente."
Durante a temporada competitiva, o MIBR enfrentou uma trajetória árdua, desde o início no LOCK//IN até o LCQ. Quando questionado sobre como descreveria a trajetória da equipe nessa temporada desafiadora, o pro-player compartilhou suas reflexões.
“Eu acho que nos treinos, a gente mandava muito bem. Mas no LOCK//IN, foi algo novo para mim. Foi o primeiro internacional com plateia, então foi um pouco de nervosismo. Mas acho que no segundo mapa, consegui mandar bem. O time também conseguiu voltar, mas pegamos um time muito casca, o Talon, que jogou todos os internacionais praticamente e não sentem muita pressão, impondo muito ritmo. Depois dessa partida, conversamos bastante e resetamos, continuando a treinar muito.”
“Chegamos no VCT Américas muito confiantes, em busca do VALORANT Champions. Acho que no começo do Américas, estávamos mandando muito bem nos treinos e no campeonato. Jogamos muito bem no começo, com todo mundo muito confiante. Mas acho que ao avançarmos, perdemos uma partida crucial, o que nos afetou um pouco. Sentimos um pouco de burnout em relação ao próprio jogo, pois estávamos jogando e treinando muito. Foi algo difícil que não conseguimos resetar completamente para nos classificarmos para os playoffs.”
“No finalzinho do Américas, conseguimos nos recuperar e vencemos a 100Thieves, voltando muito confiantes para o LCQ. Também treinamos bastante, mas não foi suficiente para passar para a próxima fase. Todo mundo ficou muito triste porque demos o máximo, 100%, mas infelizmente não conseguimos.”
Após a implementação da Liga das Franquias, houve uma discussão intensa sobre o calendário competitivo. É importante destacar que o sistema de Franquias encerra a temporada com o VALORANT Champions Los Angeles. Enquanto isso, o Challengers Brasil concluiu sua temporada com o VCT Ascension. Quando questionado a respeito do calendário competitivo, jzz expressou suas impressões.
"É o começo das franquias. Ainda estão querendo, ou não, testando, mas achei meio estranho um pouco, porque o LOCK//IN foi como um Masters. Então, tirou o Masters do calendário, e o LOCK//IN também foi chave única de eliminação simples ou seja caiu está fora. Então, acho que deu uma estranhada no calendário, e eu acho que se a gente conseguisse mandar bem, iríamos conseguir jogar mais jogos e passar para playoffs mas infelizmente, são jogos que é mata ou morre. A gente perdeu, então não tem muito o que falar também. Jogamos mal e não deu para avançar, mas acho que o calendário podia ser um pouco melhor, ter uma segunda etapa, porque vamos ficar muito tempo sem ter um campeonato oficial para jogar, e não sei o que esperar também."
Após a derrota, o MIBR conclui sua temporada e só voltará a competir em campeonatos oficiais em 2024. Em relação aos objetivos a longo prazo e metas, o atleta declarou.
"Resetar, realmente, porque não paramos de jogar esse ano nem um pouco. Não tivemos mais do que uma semana de folga e jogamos bastante. Então, acredito que o principal é dar uma pausa para descansar de verdade e, em seguida, conversar e mudar alguma coisa na rotina. Acho que estávamos mandando bem só nos campeonatos, não conseguimos mostrar nossa verdadeira performance. Mas acredito que esse descanso e a conversa para o futuro serão importantes."
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